quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O primeiro buraco... no jardim




A vida não está a ser nada fácil... não está não. A Rosinha tem estado um tanto ou quanto zangada comigo. É verdade. Tenho feito umas quantas asneiras. Eu sei que sou pequeno, só tenho dois meses e meio, os dentes também me tem estado a dar algum trabalho, mas mordo tudo que me aparece à frente do nariz; pés, chinelos, as canelas, as calças, pernas, mãos, tudo dá para morder, e.... magoo claro. Então na Rosinha ui aquilo e que é chincar..... ontem, sim, acho que foi ontem, até lhe mordi o lábio. Ups....
Também ontem não lhe dei um dia fácil. Aliás, fiquei algumas vezes de castigo.
Hoje, a coisa piorou.... de manhã até que me portei bem. Estive sentado na cozinha com ela , fez-me os miminhos que eu gosto, cócegas atrás das orelhas e na barriga, dei-lhe umas lambidelas - o que ela gosta - e brinquei com a Renata, roubei-he as botas ehhhhhh.
Mas... a tentação foi maior e eis que.... fiz o meu primeiro buraco no jardim... bem fundo, cabia lá dentro. Todo eu era castanho da cor da terra, ena ena aquilo é que é bom, cavar, rebolar, comer terra. Contudo parece que a Rosinha não gostou nada da minha brincadeira e estou de castigo no parque infantil desde a uma da tarde, e pelo andar da carruagem vou ficar a tarde toda. Já chorei, já ladrei mas nada, não resulta. Estou mesmo de castigo.
Que chatice....
A meio da tarde lá veio ler comigo e disse-me que me ia tirar do castigo, mas se voltasse a fazer o mesmo...
Voltei para o jardim, estive a ser escovado, brincamos com a bola, fui ter com a Carminho à cozinha... mordi-lhe os pés e ela começou : ai ai tá quieto, ai ai...... lá fui eu de reboque para o jardim sozinho. Perdição, a terra ali mesmo ao meu lado o cheiro a entrar-me pelas narinas a dentro.... valha-lhe Deus, é pedir demais a um cachorrinho que resista a tamanho prazer: resultado segundo buraco, bem junto ao primeiro que estava escondido com um vaso de plantas que a Rosinha lá colocou para me enganar. Meninos..... quando ela viu a terra toda espalhada na relva e na tijoleira.... pegou em mim e zás trás, sem uma palavra, com a cara bem fechada, plantou-me no bendito "parque infantil". Aqui estou eu de novo... oh nossa senhora não tarda já é noite. Nem um pio dou, estou de cara fechada também e os olhos cabisbaixos.
Até juntei uma foto, é mesmo ali junto àquelas pedras que eu fiz os buracos.... já olhaste bem para o meu ar? Ah pois é... um paraíso ali mesmo à minha frente!!!!

sábado, 19 de setembro de 2009

A segunda vacina




Ontem, fui ao veterinário! Yessssss.... passear de carro é muito fixe. Vou sentado do colo da Rosinha, o Fernando a conduzir claro, e é tudo novo; os barulhos dos carros, o cheiro do ar, as pessoas que me olham dos outros carros (e pensam: ups.... que cachorro mais lindo ali vai!!!!), as travagens que obrigam a Rosinha a segurar-me bem, senão dou um valente tombo, eu sei lá ,uma infinidades de coisas novas, que mesmo sendo estranhas eu gosto.

Quando cheguei à Clínica de Vila do Conde, não estava lá nenhum companheiro meu. Fui recebido pela Emília (linda a piquena....), o meu rabo até parecia uma chibata de tanto abanar. Enquanto conversavam sobre as várias rações, lá estava eu no colinho dela.

Fui pesar-me! Queres saber , queres???? 5.850 Kg!!!!!! Caramba o que eu engordei desde a última vez e...e andava a passar fome lembras-te?

Entretanto apareceu o Dr. Luís. Não o conhecia ainda, mas de imediato fui para o colo dele, e bem educado que sou, dei-lhe tantas lambidelas, que ele só se ria. E sabes que mais? Tem um riso bem catita; franze o nariz quando ri iiiiiiii!!!!!!

Passamos à sala do consultório. Apareceu logo o Dr João; aquele médico fofinho que me recebeu pela primeira vez na Clínica e me tratou aquando da gastroentrite vírica (ah... este eepisódio ainda não te contei... por isso passo à frente). Mas dizia eu que o meu Dr João foi ver-me e fazer-me mimos e disse até com uma certa vaidade: estás muito bem, cresceste muito. Ui..... lá lhe distribuí outras tantas lambidelas de gratidão.

Ora bem o Dr Luís ouviu o meu coração e até apanhou um susto, porque ao mesmo tempo eu estava a bater com o meu rabo na mesa e fez um barulho enorme no estetoscópio ehhh, viu os meus olhos, orelhas, dentes, a barriga, tirou a temperatura e deu-me um desparasitante interno e externo. No final mesmo.... uma injecção (o reforço da primeira vacina)... ui que doeu, mas eu nem um ai disse, logo recebi um elogio claro: que bem que ele se porta.

Correu bem afinal, ouvi comentar que dentro de 4 semanas - depois do segundo reforço da vacina- já posso passear na rua.... não entendi.... que será isso? Deve ser bom, pelo sorriso do Fernado e Rosinha, deve ser bom mesmo.

Ah ainda não te falei da Renata pois não? Bem me parecia.... faz parte dos capítulos que ainda não escrevi. Mas adianto que fui, eu Ruca Gonçalves, uma surpresa para a minha Renata.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Conheci a chuva




Ups.... hoje apanhei um grande susto. Choveu pela primeira vez, desde que nasci. Pois.... não sabia o que se passava e choraminguei a valer, as gotas eram grossas e até caiu umas pedrinhas. Sempre atenta a Rosinha, veio logo para o meu parque infantil, sentou-se no chão, como é seu hábito, e sossegou-me, explicando-me o que era a chuva. Havia realmente um cheiro diferente no ar... o barulho dos passarinhos muito aflitos com os seus ninhos e os meus amigos ladravam uns aqui outros acolá. Ena ena, até foi divertido, o medo era tanto que tentava trepar pela minha Rosinha.. resultado mais uns valentes arranhões que lhe fiz.
Sei que saltei uma série de dias e acontecimentos na minha vida, mas não podia deixar de te contar este episódio.
lambidelas do Ruca.

15 de Agosto




Repetir que eram onze e meia e tal e coisa.... é uma seca. Já sabes porquê, a hora da visita.
Hoje só apareceram a Rosinha, o Bruno e o Fernando. A Sara nada..... então, já não me vinha visitar? Estranho.... Claro que eu não podia saber tudo, mas depois ouvi a Rosinha perguntar ao filho: Então a viagem da Sara correu bem? Estava explicada a sua ausência.

Mas... hoje o dia não correu la muito bem. A minha Rosinha olhou para todos nós e estava a chorar... ui, não gostei nada daquilo. Será que estava arrependida de me ver todos os sábados?
O Fernando estava com uma cara mais séria do que nas semanas anteriores... e dizia: Ainda é cedo, só no fim do mês. A Teresa meteu conversa e comentava: Tem de tomar as vacinas, esperar dois ou três dias para ver as fezes, e depois já o pode levar.
Mas... grave grave, é que o outro meu irmão, de coleira igual à minha, foi duas ou três vezes para o colo dela e ouvia-a dizer: é tão meiguinho, este lambe. Lambe????? Ai é? Espera lá que quando me pegares ao colo vou besuntar-te toda, não perdes pela demora.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

8 de Agosto




Deves estar a perguntar: - como é que ele sabe estas datas todas, se é um cão e não sabe nem ler, nem escrever e muito menos se é sábado ou quarta feira? Tens toda a razão meu amigo, saber não sei, quem se lembra destes pormenores é a minha nova mãe- a Rosinha-, e faz-me o favor de escrever por mim e dar-te estes detalhes todos.

Dada e explicação, aqui vou eu andar para trás umas semanitas e....

Eram sensivelmente onze e meia, parece que tinham um relógio apontado para essa hora... ora bem, vim a saber mais tarde que a hora da visita do hotel onde eu estava com os meus pais e irmãos, estava determinada entre as onze e a uma da tarde. A Teresa, a criadora, pessoa de ar meio lunático, tinha-nos lá colocado porque em sua casa não tinha espaço suficiente para nos criar até irmos para os novos donos. Mas apesar do seu ar, devo dizer-te, que ela adora, ama e vive para os animais. Terna e meiga para todos nós.

Já me perdi em deambulações, mas necessárias. Dizia-te eu então que às onze e meia lá apareceram os três personagens do fim de semana anterior. Agora já sei os nomes deles. A Rosinha, a minha nova mãe, a tal senhora que só dizia tão lindos tão lindos, estava toda confusa. É verdade, e porquê? Porque um dos meus irmãos também tinha uma coleira igual à minha Por isso a Rosinha não sabia qual dos dois eu era. A Teresa dizia:- é o que tem o focinho mais largo, mas definitivamente não nos sabia distinguir, e só cá entre nós vi-me atrapalhado, porque ela pegava em mim e no meu irmão e não se decidia. Ups.....
A menina de voz meiguinha, chama-se Sara, pelo que sei agora é a namorada do tal jovem senhor de sorriso feliz , o Bruno, filho da Rosinha. O Fernando, o tal senhor que nem em mim pegou, olhava, olhava e conversava com a Teresa. Afastaram-se de mim e foram ver os meus pais. Sei lá bem porquê.... cá para mim queriam tirar-me a pinta através dos meus progenitores. São lindos os meus pais biológicos.
Voltaram pouco a seguir e lá andei eu de colo em colo e comecei a ouvir um nome .. Ruca... Que seria?....

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Quem sou?




Olá meus amigos.
Chamo-me Ruca, um cachorro da raça Golden Retriever, tenho 8 semanas, não tenho interruptor ou seja, sou irrequieto e como cachorrinho que se preza, não dou sossego a ninguém.



















Então cá vou eu contar alguns episódios da minha pequena vida ainda.
Nasci no dia 12 de Julho pela noite adentro já a entrar pela madrugada do dia 13- sei que alguns dos meus irmãos nasceram depois de mim. Faço parte de uma ninhada de 12 bebés, mas apenas 9 conseguiram arribar. Minha mãe de seu nome Teri, uma pura Golden e meu pai de seu nome ------ também um puro Golden são segundo os meus novos "pais" belos exemplares desta raça. Espero então vir a ser um maravilhoso cão, de porte nobre, saudável e bem educado.

Dia 1 de Agosto de 2009
Era uma sábado, seriam onze e meia da manhã, estava eu todo enrolado no calor dos meus irmãos, eis senão quando, vislumbro uma silhueta mal definida - porque eu ainda não via bem como vocês bem sabem - de uma senhora com uma cara toda esquisita e ouvia dizer: oh que lindos, oh que lindos!!!!! De repente senti umas mãos pegarem em mim, e o quente de um colo macio. Não estava a perceber nada, claro, e muito menos quando me colocaram uma coleira no meu minúsculo pescoço. Fui andando de colo para colo, o de uma menina com uma voz meiguinha, a de um senhor jovem com um sorriso aberto de felicidade e vi também, meio desfocado, um outro senhor já de cabelos brancos, que sorria sim mas não me pegou ao colo. Estranho...... quem eram aqueles todos?
Colocaram-me de novo junto dos meus irmãos e foram-se embora. Conseguia ouvir a longe: são tão pequeninos, tão fofinhos.